domingo, 6 de janeiro de 2008

O que mais chamou a atenção em NY? O fato de quase todos os restaurantes bacanas usarem a tapioca como ingrediente. A quantidade de vegetais defumados nos cardápios – o l´Ecole tinha um flã de tomate defumado bastante original. Meu arrependimento? Não ter comprado um defumador portátil que a Zabar´s vendia por 50 dólares. Agora, vou ter que improvisar com aquela churrasqueira da Casa e Vídeo. A primeira experiência vai ser com batata-baroa.

Consegui conciliar a loucura que é uma viagem a NY com um curso no French Culinary Institute. O assunto? “Poções Mágicas – Hidrocolóides”. A proposta do curso é disseminar o uso dessas substâncias químicas em qualquer cozinha, para que se possa dar QUALQUER TEXTURA E FORMA a qualquer alimento, sem alterar o sabor. Irresistível, né? Voltei de NY com vários saquinhos de pó branco e muitas idéias na cabeça...

Em Teresópolis, conheci a casa da Dona Irene, simpático restaurante que funciona há décadas num ambiente pra lá de agradável. Quem chega é saudado com uma sucessão de entradinhas russas, frias e quentes, até a chegada do prato principal e o grand finale da sobremesa. O restaurante tem várias mesas, cada uma numa sala separada, de modo que os grupos têm total privacidade. De vez em quando, alguém do restaurante inspeciona as mesas/salas para ver se está tudo bem... a nossa ‘inspeção’ foi feita por um velhinho que, ao ver que havíamos pedido uma garrafa de vodca, murmurou, matreiro: “humm, a alegria já se instalou por aqui...”

Estive no restaurante de um badalado chef francês que é bom de cozinha, mas é ainda melhor de marketing: ao término do jantar, cada cliente recebe, sem pedir, uma cópia do menu... autografado! Lembrei-me do comentário de um dos professores da faculdade: chef que nunca está no restaurante, vive dando entrevistas, tem programa de TV e freqüenta a Ilha ou o Castelo de Caras não é chef, mas sim alguém que está promovendo sua marca...

O Braz trouxe a lingüiça de javali para o Rio. O Pizza Park também está usando, na pizza Obelix e Asterix. Quem souber de algum fornecedor, me avise, pois já andei procurando em “açougues de carnes exóticas” e nenhum deles tem pra vender.

Contei os dias para a inauguração da doceria Payard do Shopping Leblon, expectativa que não se justificou... Em compensação, o Rascal, no mesmo shopping, exibiu atendimento e comida que me fizeram repensar minha relação com restaurantes em shoppings.

Em dezembro estive na italianíssima Flores da Cunha, maior produtora de vinhos do Brasil, onde experimentei exemplares de qualidade como os das vinícolas Argenta e Boscato, produzidos segundo a mais moderna tecnologia e sem nenhum subsídio do governo (semanas depois, o presidente Lula se comprometeria a divulgar os produtos e facilitar o crédito para os empresários do setor).

Uma curiosidade sobre vinhos: existem grupos de degustação pela internet, que funcionam assim: o líder do grupo compra o vinho a ser degustado e envia pelo correio a cada um dos participantes. No dia e hora marcados, os membros do grupo vão para a frente de seus computadores e começam a degustação...

Conheci ainda a “comfort food” do Miam Miam, que virou um dos meus preferidos. E encerrei o ano com o confortante e suculento filé à Oswaldo Aranha do Bife de Ouro, coroado por alhos dourados e acompanhado de farofa de ovo, batata portuguesa crocante, arroz e feijão.

Devo estar esquecendo muita coisa... mas basicamente 2007 foi isso. Estou cheia de expectativas para 2008, que tem um dia a mais.

Um comentário:

Anônimo disse...

Seu blog está ótimo ! Faria apenas uma mudança, que comentei em seu e-mail.
Espero que no futuro abra um restaurante italiano, serei frequentadora assídua.
Parabéns !
Bacci nel cuore !
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