domingo, 29 de abril de 2012

Lisboa I

A viagem (menos de 10 horas) nem é tão cansativa. Chegando em Lisboa bem cedo, passamos rapidamente no hotel para deixar as coisas...

... pegamos o metrô e rumamos para o Chiado, um dos lugares mais agitados do centro. As primeiras impressões (que se confirmaram ao longo da estada): a cidade é bastante limpa, e os portugueses são uma gente calorosa, amável e bem-humorada - qualidades um tanto raras de se encontrar no continente europeu.

 
Embora as lojas ainda estivessem abrindo, no nosso fuso horário já era hora de almoçar. O tradicional Café A Brasileira foi o escolhido para um lanche.

 


sanchuíche e bolinho de bacalhau - que, aqui, se chama pastel.

Lá fora, um dos mais antigos "frequentadores" do lugar

 
Nãu pude resistir a uma foto ao lado de Fernando Pessoa

As calçadas são lindamente trabalhadas e parte do patrimônio de Portugal. Super bem-cuidadas, exigem manutenção frequente dos "calçadeiros".

Faz um frio incomum para esta época do ano, algo em torno de 10 graus.

Não parece, mas é um shopping.
Lisboa não é a cidade mais fashion, nem a mais sofisticada, nem a mais cosmopolita, mas sua rede de ruazinhas e becos e seu povo amável conquistam o visitante logo de cara.


 
As menções à crise estão por toda parte e só se fala na "troika", comitê formado pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário para ajudar financeiramente países em dificuldades.

Lisboa tem ruas e bairros em vários níveis e é cheia de ladeiras (o que faz com que seja chamada de A Cidade das Sete Colinas). O Elevador Santa Justa transporta as pessoas de um nível a outro.

A região já era habitada há 300.000 anos. Segunda a lenda, a cidade foi fundada pelo herói grego Ulisses e seus homens, que, recebendo instruções dos deuses, a batizaram de Olissipo. Os historiadores, entretanto, parecem atribuir sua fundação aos fenícios.

De muitos pontos avistamos o Castelo de São Jorge, exemplo de construção medieval.

São muitas as lojinhas de produtos naturais, com salgados integrais

e hambúrgueres vegetais

Nos supermercados, a atração é a variedade e o baixo preço dos vinhos. Existe uma quantidade enorme de vinhos em embalagens tetrapak pequenas, tipo toddynho.


 
As nuances da língua deixam algumas coisas engraçadas: o leite é "meio gordo",

o café é "corposo".

Nas ruas, morangos enormes vendidos em carrinhos


 
O que é mais bonito, a vitrine de doces...

... ou a fachada da confeitaria?



Numa outra loja, compramos o doce "laços dourados"



Nesta praça, traficantes oferecem todos os tipos de drogas que você imaginar, a qualquer hora do dia.



O nome da praça é Pedro IV -  que nós, brasileiros, conhecemos como D. Pedro I.




Para almoçar, escolhemos um restaurante ali pelo Chiado mesmo.





Couvert farto, vinhozinho...

... e um queijo excelente, duro por fora, cremoso por dentro, que, como veríamos depois, é muito comum nos couverts por aqui.

Fricassê de frango com purê de batatas


Depois do almoço, pegamos o metrô de volta para o hotel. Você pode comprar o tíquete de uma viagem (1,25 euros) ou um tíquete que custa 5 euros e vale por 24 horas, sem limite de uso.


Descansamos um pouco e já estamos de volta. O hotel fica perto do El Corte Inglés, que tem no subsolo um enorme mercado gourmet. Olha essas falsas lagostas, um tipo de kani em forma de cauda de lagosta. Aliás, se você pedir kani ninguém vai saber do que se trata: o nome é "delícias do mar".


polvo


caranguejo



milho gigante


Mais uma vez tomamos o metrô e saltamos no Chiado


De lá, andamos até o Bairro Alto. Lisboa é conhecida pelas noites animadas - apesar de ser segunda-feira e cedo ainda, as pessoas começam a chegar.





Diante de inúmeras opções, acabamos nos decidindo pela aconchegante Taberna da Barroca. Quando eu disse pra garçonete Inês que esta água no Brasil não ia vender, ela me explicou que este é o nome da cidade de onde ela vem.


São tantos, mas tantos os brasileiros por aqui, que muitos restaurantes têm no menu opções como picanha, feijão preto e farofa - aqui, com couve (ou grelos, como eles chamam). Foi a melhor couve que experimentei na vida.


Bacalhau ao Zé do Pipo. Os preços dos pratos giram em torno de 10 euros.


As casas de fado são imperdíveis, mas não as voltadas para turistas. Bom é o "fado vadio", cantado por amadores, pura emoção, sem intenções comerciais. Um dos lugares mais conceituados (lotado em plena segunda-feira!) é a Tasca do Chico.

2 comentários:

Eduardo disse...

Portugal deve ser mesmo encantador.
Como sempre, seus relatos são ótimos!

Beijo!

Nádia Lamas disse...

Obrigada, Eduardo, beijos!