Nos anos 30 o Brasil mudou tremendamente: a vida nos centros urbanos ficou barulhenta graças a buzinas, indústrias e máquinas.
Nos lares, a substituição do fogão a lenha pelo fogão a gás facilitou a vida e poupou o tempo das donas de casa. A cozinha, pequena e situada nos fundos das casas, perdia importância como elemento de convívio familiar.
Nessa época surgiu a geladeira, que, como a água potável, era item de luxo. A maior parte das pessoas ainda usava sal e técnicas caseiras de conservação de alimentos.
Os trabalhadores passaram a almoçar em locais próximos ao trabalho, e começaram a proliferar estabelecimentos que serviam o "prato do dia" seguido de cafezinho. As classes privilegiadas frequentavam salões de chá e confeitarias, como a Colombo, além de restaurantes em hotéis de luxo, como o Copacabana Palace.
Surgiram muitas expressões francesas usadas até hoje, como "à la carte" e "bufê".
O MoMA, em Nova York, inaugurou uma exposição que mostra a evolução da cozinha ao longo dos anos.
A última parte da mostra, "Dramas na cozinha", mostra o espaço como palco de criação artística, com trabalhos de por art como os de Andy Warhol, e mostra também a relação da mulher com a cozinha antes do feminismo.
Uma observação que eu achei interessante foi a de que, desde a entrada do homem na cozinha, esta ficou mais exibicionista e se transformou num símbolo de status, graças ao competitivo comportamento masculino. Será?
Nenhum comentário:
Postar um comentário